Os democratas querem que o procurador especial clarifique os atos mais graves de possível obstrução constantes no seu relatório. Os republicanos deverão questionar Mueller sobre uma possível tendência anti-Trump no FBI e entre os procuradores da sua equipa. Mueller disse que esperava não ter de testemunhar mas os congressistas não lhe fizeram a vontade
Após dois anos de silêncio e uma breve declaração pública há dois meses, o procurador especial Robert Mueller é ouvido esta quarta-feira em duas comissões da Câmara dos Representantes dos EUA. O seu relatório de 448 páginas concluiu que houve repetidos contactos entre a campanha presidencial de Donald Trump e agentes russos em 2016 mas considerou não existirem provas suficientes de uma conspiração.
O documento também faz um relato exaustivo das tentativas do Presidente de impedir as investigações. No entanto, Mueller e a sua equipa não decidiram se as tentativas correspondiam a uma obstrução da justiça mas também se recusaram a ilibar Trump. A audiência na comissão judiciária começa às 13h30 e deverá durar cerca de três horas. Segue-se um breve intervalo antes da audiência na comissão de informações, que deverá começar às 17h de Lisboa e prolongar-se durante cerca de duas horas.
Em maio, durante a sua única aparição pública enquanto procurador especial, Mueller referiu-se ao relatório como o seu testemunho ao Congresso, dizendo que esperava não ter de testemunhar. Os congressistas não lhe fizeram a vontade.Os democratas querem que o procurador clarifique os atos mais graves de possível obstrução constantes no relatório.
Os republicanos irão concentrar-se nas partes do relatório que consideram benéficas para Trump, designadamente a decisão de Mueller de não acusar ninguém de conspiração. Também deverão questionar o procurador sobre uma possível tendência anti-Trump no FBI e entre os procuradores da sua equipa, muitos dos quais trabalharam ou fizeram donativos para causas democratas, aponta o “Times”.
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