Investir numa administração nomeada por governos (e no nosso caso também por privados), numa empresa que não promove a coesão territorial, investir numa empresa que sucessivamente apresenta resultados negativos, investir centenas de milhões de euros na TAP é mais importante e prioritário que investir nos sectores essenciais do Estado?
Ninguém olvidará que a pandemia causada por um vírus desconhecido impactou de forma brutal na economia mundial. E se há sectores aos quais a actual circunstância proporcionou uma oportunidade de negócio ou de aumento de negócio, na maior parte dos casos o efeito é devastador. Sejamos por isso claros: o sector da aviação foi, por razões evidentes, dos mais afectados.
Ora, a discussão que se faz assenta toda ela num princípio, que aqui refuto, da essencialidade estratégica para Portugal de ser dono de uma companhia de bandeira. De repente, repristina-se uma discussão havida nos anos de 2014 e 2015 e parece que fugir doPois bem, procuraremos refutar a essencialidade da TAP em três vertentes:
Continuemos pela importância de um país ser dono de uma companhia de bandeira: quantos países desenvolvidos têm nos seus contribuintes os donos de uma companhia de bandeira? A Alitalia faliu e não consta que a Itália tenha deixado de ser um dos destinos mais procurados. Os demais países são usados e procurados pelo mercado como Portugal felizmente tem sido.
Hoje, a TAP continua a não promover a coesão territorial e a não apresentar resultados positivos. Mas quero deixar claro que também entendo e percebo as reticências da gestão privada da TAP em viajar para onde não tem mercado.
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