Cada um ser como é e como quer ser, não afecta negativamente os outros à sua volta — apenas nos faz avançar enquanto sociedade.
A 20 de Julho, vivi em Bruxelas um dia em que senti, pela primeira vez, que a rua, cheia de gente, se encontrava vazia – vazia de medo e preconceito. Foi um dia de festa, mas, acima de tudo, de liberdade. Por todos os lados, sobressaíam as cores e a alegria, o som e a dança. Todos se vestiam como queriam, sem receio de comentários alheios.
O que igualmente ficou provado – mais uma vez – é que cada um ser como é, e como quer ser, não afecta negativamente os outros à sua volta – apenas nos faz avançar enquanto sociedade. Eu, com o meu ar enfadonho de heterossexual cisgénero, de pólo beto –– e cabelo "penteadinho", senti-me igual. Eu fui eu, como sempre fui, no meio de tantas pessoas que também o querem ser.
Aqui se entende a diferença de lados: entre o respeito e a intolerância, a ética e a falta dela. A questão que permanece é saber de qual queremos ficar. Já a resposta? A de que só existe uma opção correcta: a da inclusão e do amor igual na sua diversidade.
Este não é um texto moralista. Haverá sempre quem seja contra, quem não respeitará. Este é, isso sim, um texto de alguém que parte de uma posição privilegiada, por não saber o que é sofrer por não poder ser eu próprio, a expressar o seu desejo de que todos possam ser felizes como são.
Para aqueles que se opõem a esta liberdade: curai-vos. E vivam o amor, como neste dia – e em todos os outros do ano.Com uma assinatura PÚBLICO tem acesso ilimitado a todos os conteúdos e cancela quando quiser.
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