Vítor Constâncio atuou de forma distinta em casos semelhantes: afastou Pinhal, mas aceitou Vara. Deputado João Almeida, responsável pelo relatório preliminar do inquérito à CGD, reprova atuação pouco eficaz do Banco de Portugal sobre o banco público
O relatório preliminar da segunda comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, da autoria do deputado centrista João Almeida, arrasa o Banco de Portugal, dando especial destaque ao trabalho feito durante o mandato de Vítor Constâncio.
A comissão de inquérito debruçou-se sobre o período entre 2000 e 2015 na Caixa Geral de Depósitos. Vítor Constâncio foi o governador nos dez anos, sendo seguido por Carlos Costa. As conclusões não mencionam directamente Constâncio, mas muitas referem-se claramente ao seu período. Por exemplo, quando dizem respeito ao empresário José Berardo.
Em causa está um financiamento acordado em 2007, que foi do conhecimento do Banco de Portugal no ano seguinte. Vítor Constâncio referiu que não poderia nada fazer em relação a esta conta corrente do banco público a Berardo, usada para o empresário ganhar peso no BCP. Mas a conclusão de João Almeida deixa claro que o supervisor podia ir mais além.
“A supervisão seguiu acriticamente as notas técnicas dos serviços do BdP, não exigindo mais informação do que aquela fornecida, demonstrando mais receio no confronto jurídico com os supervisionados do que com a possibilidade de erros ou fraudes”, reprova o documento.Em relação ao Banco de Portugal, “verificou-se uma dualidade de critérios no tratamento dos casos semelhantes”.
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