“A compaixão britânica tem sido substituída por uma abordagem punitiva, mesquinha e frequentemente insensível”, sinaliza o responsável. Relativamente às políticas de austeridade do Governo, diz que “é difícil imaginar uma receita melhor para exacerbar a pobreza de muitos milhões”. O Departamento do Trabalho e das Pensões fala em retrato “pouco credível”
. No total, são 14 milhões de pessoas, quatro milhões das quais estão mais de 50% abaixo do limiar da pobreza, acrescenta.
Daqui a dois anos, perto de 40% das crianças estarão a viver na pobreza, estima o documento. Enquanto isso, 16% das pessoas com mais de 65 anos vivem em pobreza relativa.
Os padrões de bem-estar diminuíram “num período extremamente curto”, acusa Alston, que qualifica o Brexit como “uma distração trágica” das políticas económicas que estão a moldar o Reino Unido. Se a saída da União Europeia avançar, é provável que tenha um impacto negativo sobre os mais vulneráveis, estima.
Contactado pela Euronews, o Departamento do Trabalho e das Pensões lembrou que gasta 95 mil milhões de libras em assistência social todos os anos. O relatório da ONU é descrito por um porta-voz daquele órgão como um retrato “pouco credível da Grã-Bretanha”, que descreve “um quadro completamente impreciso da nossa abordagem no combate à pobreza”.
Na segunda-feira, a organização sem fins lucrativos Human Rights Watch divulgou um relatório igualmente sancionatório, responsabilizando as políticas de austeridade pelo aumento da pobreza alimentar no Reino Unido.
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