A maioria comunista continua a dominar a CGTP. Socialistas e bloquistas tentaram, neste Congresso, aumentar a representatividade interna. E mais uma vez, não conseguiram. Os socialistas confessam-se 'preocupados' e os bloquistas dizem que são alvo de um bloqueio e de um apagão.
Nem só de comunistas vive a direção da CGTP, mas os sindicalistas do PCP recusaram, mais uma vez, ceder um lugar que fosse às outras tendências políticas internas. No final do XIV Congresso, a representatividade de socialistas e bloquistas na cúpula da central sindical ficou rigorosamente igual ao que tem vigorado nos últimos mandatos: os socialistas têm 20 lugares no conselho nacional e assento na Comissão Executiva.
"Levámos a votação a possibilidade de alargamento da comissão executiva de 29 para 30 elementos, como está previsto nos estatutos e por forma a podermos entra naquele orgão, sem tirar lugar a ninguem", explicou ao Expresso. O resultado da votação não podia ser mais esmagador. Dos 147 membros do conselho nacional, só mesmo 8 votaram pela proposta bloquista.
O resultado foi igualmente esmagador: apenas 25 conselheiros votaram a favor, contra 122 que recusaram a iniciativa. O candidato socialista recolheu apenas 17% dos apoios. Horas depois, Isabel Camarinha, militante do PCP, seria eleita com 78% dos votos daquele mesmo conselho nacional.
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