A Suécia começou a construção de um depósito de armazenamento final para resíduos nucleares, um projeto de grande escala que se tornará a segunda instalação do género no mundo.
A Suécia deu início à construção de um depósito de armazenamento final para resíduos nucleares , um projeto de grande escala que se tornará a segunda instalação do género no mundo. O depósito, localizado em Forsmark, a cerca de 150 km a norte de Estocolmo, terá a capacidade de armazenar resíduos altamente radioativos durante 100 mil anos.
A construção, iniciada esta semana, prevê a escavação de 60 km de túneis a 500 metros de profundidade em rochas de 1900 milhões de anos, onde os resíduos serão enterrados em tubos de cobre resistentes à corrosão, embalados em argila.A Suécia, que atualmente opera três centrais nucleares com seis reatores, considera o depósito um passo crucial para a transição energética e a segurança climática. Até agora, apenas a Finlândia concluiu a construção de um depósito permanente de resíduos nucleares, no local de Onkalo, a 450 metros de profundidade, escavado na rocha da ilha de Olkiluoto, onde também se encontra uma central nuclear. No entanto, as instalações finlandesas só entrarão em funcionamento em 2026, com um custo estimado de mil milhões de euros.Apesar da importância do projeto, o depósito de Forsmark poderá enfrentar atrasos devido a um recurso apresentado por uma organização não-governamental sueca, a MKG. A MKG solicita novos controlos de segurança, argumentando que uma investigação do Instituto Real de Tecnologia da Suécia indicou a possibilidade de corrosão nas cápsulas de cobre, o que poderia resultar no derrame de elementos radioativos nas águas subterrâneas. A SKB, empresa responsável pela construção do depósito, afirmou que o projeto custará cerca de 12 mil milhões de coroas (mil milhões de euros) e será financiado pela indústria nuclear.
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