O juiz afirma não ter dúvidas da participação do então ministro na encenação da recuperação das armas e considera que este violou deveres éticos
O juiz Carlos Alexandre considerou que Azeredo Lopes teve um papel essencial"em toda a engrenagem" da recuperação encenada das armas furtadas em Tancos, que conhecia a investigação paralela da Polícia Judiciária Militar e que não a quis denunciar.
O juiz subscreve a acusação do Ministério Público quando é referido que a"cobertura política e a concordância de Azeredo Lopes" foram no âmbito de uma atuação extraprocessual que a PJM desenvolveu, e que esta contou"com o apoio e a concordância do ministro numa investigação paralela e clandestina que implicou a celebração de um acordo de impunidade com os assaltantes para que as armas fossem...
"A PJM e a GNR levaram a cabo uma investigação ilegal e paralela com total desconhecimento do MP e da PJ. Luís Vieira desrespeitou e afrontou a Procuradora-geral da República e a PJM lançou-se numa investigação paralela e clandestina", e sem qualquer fundamente legal, refere. "Também não é razoável que um ministro mantenha contactos com o diretor da PJM para abordar inquéritos do campo da justiça e que tenha conhecimento de uma investigação paralela e desrespeitadora da decisão do MP e da PGR, que tem conhecimento das reações desabridas do diretor da PJM com a PGR devido a discordâncias e que tem conhecimento da desconformidade entre o comunicado oficial tornado publico", observa.
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