O antigo governante referia-se ao auxílio à TAP em 2020, na sequência das dificuldades causadas pela pandemia de covid-19, em que a companhia voltou ao controlo do Estado, pagando ao então acionista privado David Neeleman 55 milhões de euros para sair da transportadora aérea.
Sérgio Monteiro sublinhou que aquela decisão do governo PS"não se esgota nos 3.200 milhões de euros do auxílio", porque foi preciso ir pedir dinheiro, sendo, por isso, uma"conta simples de fazer":"custa-nos mais de 200.000 euros por dia só em juros do dinheiro que injetámos".
Sérgio Monteiro referiu que os contratos de 2015, quando a companhia foi vendida à Altantic Gateway, de David Neeleman e Humberto Pedrosa,"permitiam uma intervenção desse género, assim fosse politicamente entendida com relevante, e mediante adequadas contragarantias a essa garantia pública", como a tomada de uma parte do capital pelo Estado.
O antigo governante rejeitou ainda a ideia de que a privatização foi feita"à pressa, numa noite de novembro e já com o governo demitido", dando como exemplo o grupo de trabalho que iniciou funções em outubro de 2014 e que tinha como objetivo envolver os sindicatos na elaboração do caderno de encargos da privatização, que viria a ser aprovado pelo Conselho de Ministros em janeiro de 2015.
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