Autarquia garante que apenas contratou à Telles de Abreu & Associados o valor de 218 mil euros, não meio milhão de euros
O Ministério Público está a investigar os ajustes diretos feitos pela Câmara do Porto à Sociedade de Advogados Telles de Abreu & Associados, avança o “Público” esta sexta-feira. Esta informação foi confirmada ao matutino pela Procuradoria-Geral da República.
Este caso foi noticiado, pela primeira vez, há uma semana pelo “Jornal Económico”. O semanário revelou que desde que Rui Moreira é presidente da autarquia, já fez ajustes diretos de cerca de meio milhão de euros com aquele escritório de advogados. Ora, a firma Telles de Abreu & Associados é gerida por um ex-sócio e apoiante Porto Nosso Movimento , movimento político pelo qual Rui Moreira foi eleito em 2013 e 2017.
Questionado pelo “Público”, o município contrariou os números avançados pelo “Económico” e garantiu que desde 2013, a autarquia contratou à Telles de Abreu & Associados o valor de 218 mil euros. Este valor “representa em média, 36 mil euros/ano, nos seis anos que leva nos seus dois mandatos, ou seja, 3000 euros/ mês, em média, sendo que nem todo este valor se encontra sequer faturado e pago”, disse.
Segundo a autarquia, o valor em causa é “normal”, especialmente se olharmos para o passado recente. Nos três últimos anos do mandato de Rui Rio - ou seja, 2010-2013 -, a autarquia contratou a Cuatrecases, escritório de advogados onde era sócio Paulo Rangel, pelo valor de 533 mil euros, disse fonte do município.
A Telles e Abreu & Associados é a representante legal de vários promotores imobiliários na cidade. Pedro Almeida e Sousa, vogal na mesa da assembleia do PNM, é sócio do escritório de advogados. O líder da bancada municipal e membro do conselho consultivo do PNM, André Noronha, é também sócio da mesma firma.
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