O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, participará remotamente no Conselho de Estado convocado por Marcelo Rebelo de Sousa para analisar a crise política na Madeira. Este encontro, que terá lugar esta sexta-feira, será marcado pela ausência física de Montenegro, que se encontra em Berlim para participar numa cimeira do Partido Popular Europeu (PPE).
Luís Montenegro não estará fisicamente presente no próximo Conselho de Estado. O primeiro-ministro vai participar na reunião via videoconferência para discutir o futuro político da Madeira , pois se encontra em Berlim para participar numa cimeira de alto nível do Partido Popular Europeu ( PPE ).
Marcelo Rebelo de Sousa convocou o Conselho de Estado para esta sexta-feira, às 15 horas, para analisar a crise política na Madeira e, possivelmente, preparar mais uma dissolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma. No entanto, o Observador apurou junto de uma fonte do gabinete do primeiro-ministro que Luís Montenegro terá de participar à distância, por se encontrar ausente do país. Tudo foi devidamente articulado com o Presidente da República. Ao contrário do que acontece noutros encontros, esta cimeira do PPE será mais restrita e contará apenas com a presença de chefes de Estado e de Governo da família europeia a que pertencem o PSD e o CDS. Também estarão presentes Ursula von der Leyen e Roberta Metsola, presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu, respetivamente, e Friedrich Merz, líder dos democratas-cristãos alemães, favorito à sucessão de Olaf Scholz e grande esperança do centro-direita para voltar ao poder na Alemanha. Esta cimeira do PPE está a ser encarada como sendo de especial importância. Os chefes de Estado e de Governo presentes na reunião far-se-ão acompanhar por delegações mais curtas do que é habitual. O objetivo é que os responsáveis políticos possam discutir com alguma discrição matérias sensíveis para o futuro do projeto europeu. O encontro arranca às 16 horas locais e termina no dia seguinte, sábado, às 11h. Em cima da mesa estarão as eleições norte-americanas e o impacto da vitória de Donald Trump para o futuro da União Europeia, a guerra na Ucrânia e a necessidade de garantir uma maior competitividade do bloco europeu num momento especialmente delicado, marcado pela crescente concorrência da China e por aquilo que se perspetiva que venha a ser uma Administração norte-americana mais distante de Bruxelas. Donald Trump toma formalmente posse como novo Presidente dos Estados Unidos a 20 de janeiro e as perspetivas não são as mais animadoras para o projeto europeu. Aliás, um relatório divulgado pelo Conselho Europeu de Relações Externas (ECFR) da União Europeia esta quarta-feira, a partir de um estudo com mais de 28.549 inquiridos, é revelador disso mesmo: genericamente, os europeus estão muito pessimistas em relação ao futuro da aliança Estados Unidos-UE. Esta dinâmica colocará renovados desafios à Europa em vários domínios, nomeadamente em matéria de investimento em Defesa, seja no que diz respeito à NATO, seja no que isso pode significar para a resolução do conflito na Ucrânia — Trump, ao contrário de Biden, tenderá a estar menos alinhado com os interesses de Kiev e das principais potências europeias. Ao mesmo tempo, os principais responsáveis do PPE vão discutir soluções para aumentar a competitividade e a capacidade de inovação do bloco europeu num contexto de grande concorrência e de guerra comercial entre Washington e Pequim
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