Pedro Marques critica processo de privatização da TAP. Lucros para os privados e risco para Estado
Pedro Marques, ex-ministro do Planeamento e das Infraestruturas, que liderou o processo de nacionalização da TAP, contraria o social-democrata Miguel Pinto Luz sobre o negócio de privatização da companhia aérea.
Miguel Pinto Luz, antigo secretário de Estado do Governo de Passos Coelho, afirmou que não tinha assinado a carta de conforto a 12 de novembro de 2015. Contudo, esta tarde, na comissão parlamentar de Economia, Pedro Marques revelou o documento no qual a Parpública pedia autorização para enviar aos bancos a carta-conforto e que deixa visível a assinatura do secretário de Estado.
"Este documento é, de facto, de muita importância neste processo de privatização. Foi um documento que desequilibrou completamente, do nosso ponto de vista, aquela operação concluída em 2015.
Segundo o antigo ministro, 61% da TAP foi vendida de imediato,"dando aos privados o direito de num prazo curto comprar o restante da empresa", ficando assim com a sua totalidade. "Os erros do processo de privatização eram, porém, muito grandes e as consequências para o Estado português e para a economia nacional teriam sido tremendas se o processo não tivesse sido alterado", acrescentou.
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